domingo, 14 de setembro de 2014

Jan Saudek


“Para mim, a diferença entre Arte e Pornografia é simples. Você pode olhar a Arte por uma eternidade, enquanto a Pornografia você olha rapidamente e coloca de lado, porque tudo é explícito; não há mistério, a fantasia não tem espaço ali”.

Música

MusicaacisuM :

http://fabriciosousaluthier.wordpress.com/cultura-inutil-2/

Calazans, Flávio. Propaganda subliminar Multimídia, Sétima edição revista e ampliada, Summus editorial. 2006.

Harmonia

Escultura de Emil Alzamora

"Sócrates, Platão e Aristóteles disseram que as regras da harmonia se aplicavam a todas as formas de raciocínio. Para eles, os números são ideias. Se uma proposição é justa, ela se exprime de uma forma equilibrada, com uma relação harmoniosa."

 

Desertos

”As pessoas geralmente se referem à sua terra natal. Ao escutar os gregos falarem do mar Egeu, eu penso que existem os mares natais.

VASSILIS VASSILIKOS

sábado, 13 de setembro de 2014

Filosofia

Filosofar equivaleria, assim, a suspender certezas, o dogmatismo da opinião e a comunicabilidade imediata porque pautada no que soa familiar. Equivaleria ainda à criação e à busca de outras linguagens e formas de expressão, como no caso dos surdos-mudos, que dividem com os filósofos sua distância em relação à fala comum. Essa denúncia do caráter necessariamente empobrecedor, simplificado e homogeneizante da linguagem e do senso comum remete ao tema nietzschiano da profundidade da máscara,lapidarmente expresso na seguinte afirmação: “Tudo o que é profundo ama a máscara” (Além do bem e do mal,§ 40).

domingo, 7 de setembro de 2014

Kleftes

Os kleftes (Κλέφτες) e os armatolos (Αρματολοί) tiveram uma importância crucial para a revolução grega. Após a conquista da Grécia pelos otomanos no século XV, muitas das tropas gregas restantes (forças bizantinas regulares, milícias locais ou mercenárias) precisaram de se integrar ao exército otomano na forma de janízaros, ou servir a exércitos privados de notáveis locais otomanos ou trabalhar por conta própria. Sob tais circunstâncias, muitos gregos, com o desejo de preservar suas identidades culturais, de manter a religião cristã-ortodoxa e a independência, escolheram o caminho do banditismo. Muitos dos que escaparam partiram para as montanhas e formaram milícias independentes, passando a ser chamados de kleftes. Já os que preferiram servir os otomanos ficaram conhecidos por armatolos, mas havia muita alternância entre os dois grupos.
Com o tempo, os otomanos passaram a ter muita dificuldade de distinguir os armatolos dos kleftes. Tais grupos começaram a estreitar as relações e a criar uma identidade étnica comum. Essa empatia fundamentava-se nos sentimentos mútuos de repulsa à ocupação estrangeira. Muitos armatolos pegaram em armas contra os turcos no deflagrar da revolução. Entre eles, estavam: Odisseas Androútsos, Georgios Karaiskakis, Atánasios Diakos e Markos Bótsaris.

Música Klefte
https://www.youtube.com/watch?v=PW4eRBE7_Mc


sábado, 6 de setembro de 2014

GEORGE STEINER


GEORGE STEINER



Um grande erudito, Bruno Snell, escreveu um trabalho importante, onde ele dizia que  a descoberta da personalidade, a descoberta do Ego, foi feita pelos gregos. Não aconteceu em outras culturas. Ego, egoísmo, egotismo, a psique do indivíduo diante do espelho: invenção grega. Os outros dizem, escuta, não exagere, todos os homens na Terra tem um subconsciente que a grosso modo é semelhante. Nós não sabemos. Eu penso que há uma história dos sonhos, por exemplo, que os sonhos dos gregos antigos, ilustrados em seus poemas, em sua literatura, em Plutarco, em seu tratado de sono e sonhos, já são sonhos que se assemelham aos nossos,  o seguimento dos nossos sonhos, é grego. Nós sabíamos isso antes de Freud. Freud, claro, tem imenso valor nessa relação entre o mito grego e os sonhos. O que era o inconsciente para os gregos? Sócrates chamou isso de seu daimon,  uma voz que vem do interior dele mesmo nos momentos mais difíceis e perplexos. É uma voz interior, não a luz interior do século dezessete, mas o daimon, o irracional. Os gregos conhecem os mitos terríveis sobre duplicação e esquizofrenia – outra grande descoberta grega – quando nós somos possuídos por outro em nós mesmos, as palavras mesmo de Rimbaud “eu sou um outro”, é quase uma tradução do pré-socratismo grego, no sentido da possessão, da daimonia por um outro. Qualquer coisa surgiu, ali, nesta luz imensa do dia, que acentuou a noite, o mistério da noite.